Presidente e Vice-Presidente do SR participaram da Assembleia
Para debater questões em pauta no meio agrícola que estão causando preocupação dos produtores rurais, a Federação da Agricultura do RS - Farsul reuniu em caráter extraordinário o Conselho de Representantes, no dia 27 de março em sua sede em Porto Alegre. Representando o Sindicato Rural de Não-Me-Toque, participaram a presidente Teodora Lütkemeyer e o Vice-Presidente Silvio Van Vüght.
O primeiro assunto discorrido foi o endividamento dos produtores gaúchos em razão das estiagens dos últimos anos e dos preços aviltados da safra 2023/2024, com análise das proposições que foram apresentadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelas Federações, CNA e Câmara Nacional Setorial da Soja, visando a redução desses impactos econômicos ao setor, como por exemplo a liberação de renegociações de crédito rural.
O retrocesso no seguro rural também causa apreensão e foi dialogado, especialmente em virtude da atual subvenção destinada pelo governo, considerada insuficiente para atender a demanda do campo.
Enfoque nas pautas de diversas entidades, a intenção do governo estadual em retirar os incentivos fiscais concedidos a variados setores produtivos, além do aumento de imposto sobre itens da cesta básica, foi muito debatido entre os presentes na Assembleia. A medida ocasionou revolta no agro devido aos reflexos negativos nos custos de produção com a incidência de ICMS na compra de insumos e maquinários agrícolas, bem como no preço final dos alimentos para os consumidores. O Executivo gaúcho também prevê a possibilidade de ajuste modal no ICMS, saindo dos atuais 17% e passando para 19,5%.
Depois de ampla discussão e análise, a assembleia deliberou contra qualquer aumento de impostos, posição que será defendida pela Farsul.
“O agro tem sido afrontado a todo momento. Precisamos nos unir e nos posicionar diante daquilo que pode ocasionar prejuízos ao setor e a toda economia gaúcha. A Farsul e os Sindicatos fazem majestosamente esse papel de defesa da agricultura, temos uma série de pautas que vamos seguir enfrentando juntos e certamente surtirá efeitos”, destacou Teodora.
Já no dia seguinte da assembleia, com a pressão de todas as entidades contrárias às medidas, o governo estadual decidiu adiar por 30 dias o início da vigência dos decretos que revisam benefícios fiscais, previstos para entrar em vigor neste 1º de abril, buscando nesse período estudar alternativa para a recomposição das receitas estaduais.
Como última ordem do dia, o Conselho da Farsul analisou a evolução de projetos relacionados ao meio ambiente e tratou de assuntos gerais de interesse da classe.
Informações à Imprensa:
Sindicato Rural de Não-Me-Toque
Texto: Ana Cláudia Stumm
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